O dólar voltou a subir ante o real e renovou máxima na sessão aos R$ 3,5018 (+0,45%) no mercado à vista. O dólar futuro para maio registrou máxima em R$ 3,5025 (+0,49%).

A inversão do sinal, após abertura negativa, seguida de ampliação de ganhos na manhã desta quinta-feira, 26, amparam-se em compras de importadores, que estavam esperando a queda para comprar, após terem represado seus negócios quanto o dólar estava na faixa dos R$ 3,50, afirma Jefferson Rugik, diretor da Correparti.

Segundo ele, os dados melhores da economia americana divulgados mais cedo também ajudam a limitar as perdas do dólar ante moedas ligadas a commodities no exterior.

O operador Cleber Alessie Machado Neto, da corretora H.Commcor, diz que a percepção do mercado é de que a tendência técnica é de alta do dólar.

Para ele, o ajuste positivo volta a ganhar força com a ausência de intervenção do Banco Central no câmbio e isso induz o mercado a testar novamente o teto informal dos R$ 3,50.

Além disso, apesar do exterior mais calmo, o real volta a perder para o dólar junto ao rublo, demonstrando que ainda está havendo realocamento de investidores por conta de expectativas sobre os juros americanos, apesar do recuo da T-Note 10 anos abaixo dos 3%, e das incertezas eleitorais internas.