O dólar mostrou sinais de estabilização nesta quinta-feira, 23, após atingir na quarta-feira, 22, a mínima desde novembro. Hoje, o mercado de câmbio monitorou as negociações de uma importante votação na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 110,86 ienes e o euro recuava a US$ 1,0787.

Investidores mantiveram o foco sobre a tentativa do governo do presidente americano, Donald Trump, de aprovar uma reforma no sistema de saúde. Trump diz que a reforma é o primeiro passo de sua plataforma, que incluirá mais adiante cortes de impostos e mais gastos em infraestrutura. O mercado vê a votação atual como um importante teste de força da Casa Branca para aprovar sua agenda no Legislativo. Perto do fim da sessão em Nova York, foi anunciado que a votação havia sido adiada para esta sexta-feira.

“O fracasso por parte do governo de garantir a reforma da saúde geraria sérias dúvidas sobre a perspectiva para questões mais importantes para os mercados financeiros”, afirmaram em nota analistas do Commonwealth Foreign Exchange. “Um cenário como esse deixaria o dólar pressionado em geral no curto prazo.”

Entre as moedas emergentes, o peso mexicano atingiu nova máxima neste ano, sendo negociado a menos de 19 pesos por dólar pela primeira vez desde a eleição americana. A reação do peso após bater mínima histórica a 22 pesos ante o dólar em janeiro levou a moeda mais perto para onde ela deveria estar, embora “eu ainda ache que ela está subvalorizada”, afirmou o presidente do Banco Central do México, Agustín Carstens, em entrevista à Bloomberg TV. Questionado sobre de quanto seria essa subvalorização, ele disse que de “não mais de 10%”.