O dólar subiu ante o iene e várias moedas emergentes nesta terça-feira, 25, entre elas o dólar canadense e o peso mexicano, após o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impor tarifas sobre a madeira canadense. Além disso, o euro avançou, após mais uma pesquisa mostrar o centrista Emmanuel Macron como favorito no segundo turno eleitoral na França.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 111,15 ienes e o euro avançava a US$ 1,0931.

O dólar canadense tocou mais cedo a mínima desde fevereiro de 2016 ante o dólar. No fim da segunda-feira, o governo americano anunciou que imporia tarifas sobre as exportações de madeira canadense usada para construção de casas. O episódio ocorre em meio a uma disputa de décadas com províncias canadenses que supostamente permitiriam que as serralherias cortassem árvores com custos subsidiados indevidamente e vendessem a madeira a preços mais baixos.

A medida ocorre também em um quadro de maiores tensões sobre o futuro do comércio na região. Trump já disse que pretende renegociar o Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês), embora suas críticas ao acordo tenham sido em grande medida concentradas no México.

“Se ele está disposto a disparar contra o Canadá, está disposto a disparar contra o México”, disse Brad Bechtel, operador de câmbio no Jefferies Group. O peso mexicano bateu mínima histórica após a eleição de Trump em novembro, diante dos planos de Trump de mudar o Nafta e construir um muro na fronteira mexicana.

O euro, por sua vez, continuou a avançar, após o primeiro turno eleitoral na França. Favorito, Macron enfrenta Marine Le Pen, de extrema-direita, em 7 de maio. Le Pen ameaça retirar o país da zona do euro, mas as pesquisas indicam amplo favoritismo para Macron, confirmado em mais uma pesquisa hoje.

O dólar ainda avançou ante o iene, mas recuou diante do euro e também da coroa sueca. Dados recentes dos EUA estão consistentes com “nossa visão de que a economia está em uma trajetória de crescimento modesto e pode seguir assim por algum tempo”, afirmou Steven Ricchiuto, economista-chefe para os EUA da Mizuho, por e-mail.