O dólar seguia em queda por volta das 9h30 desta quarta-feira, 16, precificando a revisão das metas fiscais do governo para 2017 e 2018 para déficit de até R$ 159 bilhões e principalmente a retirada pela agência Standard and Poor’s da observação para possível rebaixamento do rating brasileiro ontem.

A divulgação de uma queda inesperada no número de construções iniciadas em julho nos Estados Unidos, nesta manhã, ajudou a tirar força do dólar no exterior, com efeito discreto sobre o mercado local.

O diretor da Correparti, Jefferson Rugik, diz que “o que está fazendo preço é a clara percepção da vitória de Henrique Meirelles (ministro da Fazenda) sobre a ala política do governo Temer, que defendia aumento do déficit fiscal para até R$ 170 bilhões neste e no próximo ano”. Segundo ele, ajuda também a retirada pela agencia S&P da observação de possível rebaixamento do rating brasileiro assim como a valorização das moedas emergentes em meio à alta de commodities no exterior.

Às 9h38 desta quarta-feira, o dólar à vista recuava 0,26%, aos R$ 3,1664. O dólar para setembro caía 0,13%, aos R$ 3,1770, neste mesmo horário.

Lá fora, a moeda americana se enfraqueceu levemente em relação ao euro e ao iene, logo após a divulgação de que as construções de moradias iniciadas nos EUA recuaram 4,8% em julho ante junho, contrariando a expectativa de alta de 0,4% dos analistas ouvidos pelo “Wall Street Journal”. No mesmo horário acima, o dólar subia a 110,72 ienes e o euro recuava a US$ 1,1717.