O dólar subiu de maneira praticamente generalizada mais cedo, porém, perdeu fôlego nesta quarta-feira, 26, enquanto investidores avaliavam os detalhes do plano de reforma tributária proposto pelo governo do presidente americano, Donald Trump.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 111,09 ienes e o euro recuava a US$ 1,0907.

O plano do governo inclui a redução de impostos para empresas e importantes mudanças no sistema tributário individual. O governo também disse que pretende introduzir uma oportunidade para que corporações repatriem dinheiro do exterior. O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, não disse qual seria a taxa para essa repatriação, mas afirmou que ela seria “muito competitiva” e “traria de volta trilhões de dólares”.

Um movimento de repatriação deve ser positivo para o dólar, já que companhias precisam trocar moeda estrangeira por dólar. Investidores avaliavam, porém, as incertezas pela frente na iniciativa.

“Deveria fortalecer o dólar o fato de que eles estão falando sobre repatriação”, comentou Brad Bechtel, estrategista de câmbio do Jefferies Group. Segundo ele, porém, há incerteza já que não se sabe o que passará e quando isso acontecerá. “É difícil negociar isso se você não tem nenhuma certeza.”

Investidores continuam a buscar detalhes sobre a possível tarifa para importações. A proposta, se confirmada, impulsionaria o dólar, ao elevar a demanda por produtos americanos – e portanto pelo dólar – no exterior.

Mnuchin disse na quarta-feira que a proposta do governo não endossará essa taxa de importações. Na avaliação do secretário, o governo não acredita que ela funcionaria “em sua forma atual”.

O peso mexicano, por sua vez, recuou após relatos de que a Casa Branca avalia a possibilidade de notificar a retirada dos EUA do Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta), a fim de conseguir uma negociação mais favorável com México e Canadá. O dólar canadense também foi penalizado com as notícias.