O dólar oscilou nesta terça-feira, 13, quando o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) iniciou sua reunião de dois dias. Há expectativa pela decisão de política monetária desta quarta-feira, 14, quando também haverá a divulgação de projeções atualizadas e entrevista coletiva da presidente da instituição, Janet Yellen.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 110,01 ienes e o euro avançava a US$ 1,1209.

Há ampla expectativa entre os investidores de que o Fed irá elevar os juros em 0,25 ponto porcentual, nesta quarta-feira. A atenção se concentrará, com isso, na comunicação do BC americano, que pode oferecer pistas sobre os planos futuros para o aperto monetário gradual e para a redução no balanço.

Analistas do Scotiabank previram que, mesmo com uma alta nos juros agora, o Fed pode sinalizar uma pausa no aperto monetário talvez até o próximo ano. No câmbio, isso pressionaria o dólar para baixo.

A fraqueza recente dos dados de inflação dos EUA gera preocupações sobre a possível desaceleração econômica do país, o que para alguns no mercado enfraquece o argumento do Fed para elevar os juros. Juros mais altos em geral apoiam o dólar, ao tornar ativos dos EUA mais atrativos para investidores em busca de retornos.

Outros importantes bancos centrais realizam reunião de política monetária nesta semana: o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) e o BC da Suíça.

Entre outras moedas em foco, a libra se recuperou após um movimento de fraqueza nos três pregões anteriores ante o dólar, depois de dados mostrarem um aumento na inflação em maio no Reino Unido. A moeda britânica se desvalorizou após a premiê Theresa May ver seu Partido Conservador perder a maioria na eleição da quinta-feira, o que gerou incertezas para a política interna e a negociação da saída do Reino Unido da União Europeia, o chamado Brexit. No fim da tarde em Nova York, a libra subia a US$ 1,2754.

Já o dólar canadense avançou após declarações otimistas de dirigentes do banco central local. Os discursos geraram especulações de que o Banco do Canadá possa elevar os juros em breve.