O dólar oscilava com viés de baixa na manhã desta sexta-feira, 23, após abrir com ligeira alta, refletindo uma realização de ganhos recentes induzida pela queda da moeda americana no exterior em meio à recuperação moderada do petróleo e alta de 1% do cobre.

Um operador de uma corretora disse que a desaceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) em junho para 0,16%, ante 0,24% em maio, embora acima da mediana das projeções do mercado (+0,11%), é bem recebida também porque não alterar as expectativas majoritárias de corte de 0,75 ponto porcentual na Selic na reunião de julho.

A inflação medida pelo IPCA-15 ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam que o indicador registrasse de uma queda de 0,10% a uma alta de 0,22%. Com este resultado, o IPCA-15 acumula aumento de 1,62% no ano e de 3,52% em 12 meses até junho.

O gerente de mesa de derivativos de uma gestora de recursos disse que há uma discreta realização de ganhos acumulados (3,31% no mês até quinta), mas a moeda tende a entrar em modo de cautela mais tarde, porque estão no radar possíveis delações do deputado cassado Eduardo Cunha e do doleiro Lúcio Bolonha Funaro.

Além disso, segundo a fonte, já começou a correr na quinta-feira o prazo de cinco dias que a Procuradoria-Geral da República tem para apresentar denúncia contra Temer.

Às 9h47, o dólar para julho caía 0,16%, aos R$ 3,3415. O dólar á vista no balcão recuava 0,12%, aos R$ 3,3360.