O movimento de alta do dólar em relação ao iene foi apagado no fim da tarde desta terça-feira, 8, enquanto o won sul-coreano recuou ante o dólar, após as tensões entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte aumentarem.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía para 110,36 ienes; enquanto o euro recuava a US$ 1,1751 e a libra tinha queda para US$ 1,2991.

Durante boa parte do dia, a moeda americana operou em alta ante o euro e a libra, após o relatório de empregos Jolts, elaborado pelo Escritório de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos, mostrar abertura recorde de 6,163 milhões de postos de trabalho em junho, após 5,702 milhões de vagas criadas em maio.

No entanto, por volta das 16h30 (de Brasília), o presidente americano, Donald Trump, comentou que a Coreia do Norte irá encontrar “fogo e fúria nunca vistos antes pelo mundo” caso continue com a escalada de ameaças contra Washington. A fala do republicano ocorreu em uma reunião de Segurança Nacional extraordinária, no campo de golfe do presidente, em Bedminster, onde Trump passa um período de férias.

Os comentários foram feitos após o Washington Post publicar uma reportagem em que agências de inteligência americanas avaliarem que Pyongyang já está produzindo ogivas nucleares compactas, que podem se transportadas pelos mísseis intercontinentais produzidos pela Coreia do Norte. De acordo com a publicação, cerca de 60 armas nucleares estão sob o controle de Kim Jong-un. Após os comentários, o dólar subia a 1.129,28 wons, de 1.128,30 wons na tarde de ontem.

“A série de manchetes envolvendo a Coreia do Norte impulsionou o recurso seguro do iene”, disse Vassili Serebriakov, estrategista de câmbio do Crédit Agricole.

O rand sul-africano também esteve no centro das atenções dos investidores de câmbio. O Congresso da África do Sul votou contra uma moção de desconfiança contra o presidente Jacob Zuma, que, caso aprovada, forçaria Zuma a renunciar ao cargo. No fim da tarde, o dólar era cotado a 13,2368 rands.