O dólar avançou nesta quinta-feira, 6, embora sem muita força, com investidores de olho no encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o da China, Xi Jinping.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 110,80 ienes e o euro recuava a US$ 1,0646.

Trump havia previsto que o encontro de dois dias com o líder da China seria “muito difícil” e citou “grandes déficits comerciais e perda de empregos” na relação. O presidente americano já acusou a China de manter sua moeda fraca a fim de ganhar vantagem comercial sobre os EUA.

“As reuniões de hoje e amanhã entre o presidente dos EUA, Trump, e o presidente chinês, Xi, abrirão um novo diálogo EUA-China, mas a probabilidade de rupturas significativas parece baixa”, disseram analistas do Goldman Sachs em nota.

Investidores também aguardavam a divulgação do relatório mensal de empregos (payroll) do Departamento do Trabalho, que sai nesta sexta-feira. Uma leitura forte pode impulsionar a expectativa por nova alta de juros em breve do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), segundo analistas.

Outros dados divulgados nesta semana indicaram que o mercado de trabalho continua a se fortalecer. O número de novos pedidos de auxílio-desemprego recuou na semana passada, segundo dado de hoje, o que aponta para uma geração consistente de empregos. Um relatório de geração de vagas no setor privado divulgado ontem veio bem acima da expectativa.

Juros mais altos em geral apoiam o dólar, ao tornar os ativos dos EUA mais atrativos para investidores em busca de retorno.

O euro, por sua vez, recuou hoje, após o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, indicar que a política monetária do banco central seguirá acomodatícia. O euro ainda recuou 1,6% ante a coroa checa, após o Banco Central da República Checa acabar com sua meta para o câmbio, diante alta da inflação no país.