O dólar avançou ante moedas principais nesta terça-feira, 21, impulsionado pela fala de alguns dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), que deram indícios sobre a possibilidade de uma alta nos juros já na reunião de política monetária de março do BC americano.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia de 113,12 ienes na tarde de ontem para 113,64 ienes; e o euro caía de US$ 1,0618 para US$ 1,0548. Já a libra avançava de US$ 1,2467 para US$ 1,2474, com os investidores atentos ao desenrolar do processo do Brexit na Câmara dos Lordes.

Hoje, o presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker, reiterou que apoia três elevações nos juros este ano. Harker, que tem direito a voto nas reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) este ano, afirmou que o BC americano pode elevar os juros já na reunião de março, embora seja preciso aguardar os próximos sinais da economia do país. “Há ainda mais dados por sair antes da reunião de março”, comentou o dirigente.

“Os comentários se juntam às mensagens de dirigentes do Fed nas últimas semanas, que levantaram, ainda que modestamente, as perspectivas” para um aumento nos juros no próximo mês, disseram analistas do Scotiabank. Um aperto monetário tende a impulsionar o dólar, tornando os ativos americanos mais atraentes para os investidores.

Já o peso mexicano avançou mais de 2% ante o dólar, no maior nível desde novembro, depois que o Banco Central do país anunciou que irá implementar um programa de hedge cambial, a fim de conter a volatilidade da moeda do México em relação à divisa americana, “a qual não é consistente com os fundamentos econômicos do país”. O BC pretende injetar até US$ 20 bilhões no mercado, sem que seja necessária a utilização de reservas internacionais.