O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, criticou o andamento da discussão a respeito da medida provisória que cria a Taxa de Longo Prazo (TLP), que substituirá a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) nos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Durante evento com a presença do presidente do presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro nesta quarta-feira, 2, Skaf afirmou que o debate sobre a TLP é inoportuno, uma vez em que o País está envolvido na discussão de reformas estruturais. Skaf considerou que o debate da TLP não deveria ser prioridade porque não há uma urgência, dado que os efeitos da implementação da nova taxa não serão imediatos. Além disso, considerou que há uma “alta carga” de reformas em debate no Brasil.

O presidente da Fiesp fez a crítica durante participação num evento sobre financiamento a micro, pequenas e médias empresas e depois a repetiu em entrevista a jornalistas. Skaf participou de um painel ao lado do presidente do BNDES, mas Rabello evitou comentar o tema da TLP após a provocação de Skaf. O presidente do BNDES também não atendeu a jornalistas.

Além de considerar o momento da discussão da TLP inadequado, Skaf considerou que o efeito da mudança para empresários seria pequeno. Ele disse que a taxa de juros efetivamente paga por empresários ainda inclui porcentuais cobrados por bancos que atuam como agentes financeiros.