A quantidade de pessoas que buscou crédito em abril diminuiu 15,1% na comparação com março de 2017. Já em relação a igual mês do ano passado, a demanda recuou 5,1%, segundo dados do Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito. Com esse resultado, a procura do consumidor por crédito fechou o primeiro quadrimestre de 2017 com recuo de 0,7% contra os primeiros quatro meses do ano passado.

Segundo Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, o nível de confiança ainda contido e o desemprego elevado explicam a baixa disposição do consumidor para se endividar. “A procura não cresce, o mercado de crédito está em estagnação, pelo menos em relação à demanda do consumidor”, afirma. O economista acrescenta que o ritmo de concessão de crédito para pessoa física também está em estagnação, contribuindo para esse cenário.

Rabi comenta que os dados quadrimestrais explicam melhor a baixa variação na demanda do consumidor por crédito, por não sofrerem com mudanças sazonais. Em relação à renda, por exemplo, destaca que a procura do consumidor por crédito caiu 1,2% para quem recebe entre R$ 1.000 e R$ 2.000 na comparação com o primeiro quadrimestre do ano passado; e diminuiu 2,4% para os que recebem mais de R$ 10.000 por mês. As oscilações positivas também variaram pouco. Nas rendas mais baixas, houve aumento de 0,8% para a faixa de renda de até R$ 500 mensais e 0,3% para o consumidor com renda entre R$ 500 e R$ 1.000 por mês.