A batalha pelo controle de uma importante cidade portuária no Iêmen, às margens do Mar Vermelho, deixou ao menos 40 mortos, entre rebeldes e membros das forças governamentais, segundo informações divulgadas nesta terça-feira (24) por militares e médicos.

Na véspera, as forças leais ao governo iemenita anunciaram ter conquistado o porto de Mocana, quase três semanas após o início de uma ofensiva para expulsar da costa sudoeste do Iêmen os insurgentes xiitas huthis e seus aliados.

Ocorreram, porém, novos tiroteios durante a noite entre as forças do governo e os rebeldes, que estavam em trincheiras em uma zona a sudoeste do porto.

“Apesar do grande número de mortos, os huthis continuam no centro de Moca”, contou à AFP um oficial militar.

Aproximadamente 28 rebeldes e 12 soldados do governo faleceram nos combates nas últimas 24 horas, de acordo com informações de fontes médicas e militares, divulgadas nesta terça.

Com isso, aumenta para 200 o número de mortos em ambos os campos desde a ofensiva teve início.

As forças huthis controlam Moca desde que tomaram o controle da capital, Sanaa, em setembro de 2014, e seguiram conquistando outras regiões com a ajuda de tropas leais ao ex-presidente Ali Abddulah Saleh.

As forças governamentais do presidente Abd Rabbo Mansour Hadi, apoiadas por uma coalizão militar árabe liderada pela Arábia Saudita, enfrentam simultaneamente os rebeldes xiitas huthis e grupos extremistas localizados no sul e sudeste do país.

Desde o início da ofensiva, em março de 2015, mais de 7.400 morreram nesse país, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Um coordenador humanitário da ONU, Jamie McGoldrick, deu na semana passada uma estimativa muito mais elevada, de 10.000 civis mortos.