As taxas no mercado de juros futuros iniciaram a sessão desta segunda-feira, 15, mais baixas do que o observado no ajuste de sexta-feira. Menos de meia hora depois, entretanto, o viés de queda observado nas taxas intermediárias e longas migrou para um viés de alta. Nesses contratos, agentes observam um ajuste de preços depois de quatro sessões consecutivas fechando em queda.

O leve recuo nas taxas logo na abertura do mercado aconteceu com os agentes avaliando a queda do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em março – em relação a fevereiro e também ante março do ano passado – e também a alta do indicador de atividades no primeiro trimestre deste ano.

Além disso, os agentes do mercado digeriam a nova revisão para baixo no Relatório de Mercado Focus para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2017. Pela primeira vez, a mediana das projeções do mercado veio abaixo de 4%.

Às 9h40, o DI para janeiro de 2018 estava em 9,12% ante 9,14% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2019 marcava 8,97% ante 8,96% no ajuste de sexta-feira. E o DI para janeiro de 2021 estava em 9,69% ante 9,67%.

Do noticiário doméstico, agentes do mercado de juros têm no radar a decisão do governo de perdoar os juros da dívida da contribuição social do empregador rural e editar uma medida provisória para tratar do passivo do Funrural, que pode superar R$ 10 bilhões. O presidente Michel Temer se reúne com a bancada nesta segunda e deve anunciar a medida como moeda de troca para o apoio à reforma previdenciária.

Na sexta-feira, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, voltou a dizer que o grau de antecipação do ciclo depende da conjuntura econômica de um lado e, por outro, das incertezas e dos fatores de risco que ainda pairam sobre a economia.