A Bovespa abriu em queda nesta quinta-feira, 8, como sugeria o contrato para junho do Ibovespa. Nesse início de pregão, o investidor não vê motivos para apostar na alta do mercado de ações e sente-se inseguro tamanha a imprevisibilidade da cena política.

Por pressão dos senadores de oposição, a tramitação da reforma trabalhista será atrasada em pelo menos uma semana. Em acordo costurado nesta quinta após bate-boca ocorrido antes da abertura da sessão Comissão de Assuntos Sociais (CAS), parlamentares concordaram em apresentar o relatório da reforma apenas na próxima terça-feira, dia 13, e votar o tema na terça seguinte, dia 20, nessa comissão.

No julgamento do TSE sobre o pedido do PSDB de cassação da chapa Dilma-Temer, que começou às 9h20, o ministro Luiz Fux afirmou que não se pode descartar o atual momento político na votação e se posicionou claramente contra o argumento de que haveria uma ampliação da causa com o pedido de considerar provas trazidas ao processo, como as delações da Odebrecht.

Na mesma linha de posicionamento do ministro relator Herman Benjamin, que incluiu no debate novos fatos contra a chapa presidencial, o vice-procurador geral eleitoral Nicolao Dino defendeu a importância de dados das delações dos executivos da Odebrecht sobre a campanha de 2014 que surgiram no decorrer da ação.

Às 10h17, o Ibovespa recuava 1,01% aos 62.531 pontos. Na mínima, minutos antes, marcara 62.512 pontos (-1,04%), coincidindo com a maior queda na bolsa de Londres, mais diretamente afetada pelas eleições hoje no Reino Unido, e com a desaceleração da alta de Frankfurt, após comentários do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, em relação à inflação na região.

Às 10h30, Dow Jones e S&P500 abriram com sinais mistos, mas ambos perto do fechamento de quarta, enquanto o investidor espera novidades do depoimento de James Comey, ex-diretor do FBI, nos EUA.