A fabricante de alimentos Camil confirmou seus planos de abrir seu capital na Bolsa de valores brasileira. A oferta que deverá acontecer em outubro, segundo fontes, será primária e secundária, ou seja, além dos recursos irem para o caixa da companhia, irão para o bolso dos atuais acionistas. Neste ano as ofertas de ações já superam os R$ 21 bilhões e crescerão ainda mais nesta semana.

No prospecto preliminar ainda não há informações sobre a quantidade de ações a serem ofertadas, faixa de preço indicativo para o papel ou cronograma da oferta.

“Apresentamos um histórico consistente de crescimento e ampliação de nossa participação de mercado no setor de alimentos no Brasil e na América do Sul, tanto com crescimento orgânico quanto por meio de aquisições estratégicas por meio da diversificação de nossa atuação geográfica e categorias de produtos”, segundo o documento disponibilizado na CVM.

O lucro da Camil no primeiro trimestre deste ano foi de R$ 61,2 milhões, ante R$ 50,8 milhões do mesmo intervalo do ano passado. O Ebitda (lucro antes de juros,impostos, depreciação e amortização) chegou em R$ 127,3 milhões, ante R$ 126,5 milhões um ano antes. A receita líquida de vendas e serviços, por fim, chegou em R$ 1,225 bilhão no primeiro trimestre do ano, em comparação a R$ 1,136 bilhão no primeiro trimestre de 2016.

Dos recursos da oferta primária, a companhia informou que destinará parte para expansão geográfica, internalização do empacotamento de açúcar e, ainda, reforço para o capital de giro. São acionistas vendedores o fundo Warburg Pincus, empresa global de private equity, que adquiriu, no ano passado, uma fatia de 31,75%, além de acionistas pessoas físicas.

A listagem ocorrerá no Novo Mercado, segmento de mais elevadas regras de governança corporativa da B3.

Semana passada foram precificadas os IPOs do Carrefour e Biotoscana e nessa semana IRB Brasil Re e Ômega Geração fixarão o preço de suas ações. No primeiro semestre Movida, Hermes Pardini e Azul já abriram o capital na Bolsa brasileira.