São Paulo, 09 – O consumo de café tende a crescer em regiões do mundo em desenvolvimento, e cair em áreas desenvolvidas nos próximos cinco anos. A avaliação é da presidente da Jacobs Douwe Egberts no Brasil (JDE), Lara Brans, que participa nesta sexta-feira, 9, do seminário Coffee Summit, em São Paulo. A JDE é líder do mercado de café torrado e moído no Brasil, dona de marcas como Pilão, Café do Ponto, Pelé e Seleto, entre outras.

Em sua apresentação, Lara citou que o mercado de bebidas quentes cresce em regiões como Ásia/Pacífico, América Latina e Oriente Médio. Em contrapartida, recua na Europa Ocidental. Segundo ela, o bloco Ásia/Pacífico representa 34% das vendas globais de bebidas quentes. Na Europa Ocidental, esse índice caiu de 26% em 2011 para os atuais 21%.

Ela comentou, ainda, que as misturas instantâneas de café com outras bebidas têm ganhado espaço no mundo, devendo ultrapassar o consumo de café solúvel até 2021. Exclusivamente na categoria café, o segmento de cápsulas é destaque, com crescimento médio anual de 7%.

Com relação ao mercado brasileiro, Lara disse que o consumidor investe pouco em café, que é visto como uma commodity. “Embora seja o quinto maior consumidor per capita de café, o Brasil é apenas o 17º em gasto médio”, afirmou. Segundo ela, o mercado brasileiro é tradicional, ou seja, 95% do consumo ocorre por meio de café torrado e moído. Apesar disso, o mercado de café em cápsulas cresce. Esse segmento “representa apenas 1,2% em volume, mas já alcança 14% em valor”, ponderou Lara. Além disso, “fora do lar, o brasileiro começa a pagar mais pelo café”, acrescentou.

A JDE, de origem holandesa, registrou receita de cerca de 5 bilhões de euros em 2016. Em termos de participação no varejo global representa 9,5%do valor total, só atrás de Nestlé (22,2%) e à frente da italiana Lavazza (3,3