12/05/2017 - 19:00
O BTG Pactual divulgou, na terça-feira 9, que seu lucro líquido no primeiro trimestre foi de R$ 720 milhões, queda de 29% ante o mesmo período de 2016. No ano passado, o resultado foi impulsionado pela venda de ativos, como a empresa de recuperação de crédito Recovery, comprado pelo Itaú Unibanco, e o banco suíço BSI, adquirido pelo EFG International. 
Na comparação anual, o faturamento de R$ 1,7 bilhão encolheu 53%, afetada por menores receitas pela venda de participação na gestora suíça de recursos BSI e no braço de commodities ECTP. A área de banco de investimentos cresceu 145%, com receitas de R$ 152 milhões, ante R$ 62 milhões no ano anterior. A rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido do banco fundado por André Esteves encerrou março a 18,7%. No ano, as ações do banco sobem 40%.
Construção
Resultado da Tenda cresce 295%
A Tenda lucrou R$ 18,9 milhões no primeiro trimestre, um ano depois de gerar caixa pela primeira vez. Os resultados foram informados em separado após a cisão com a ex-controladora Gafisa, em 4 de maio. A cifra representa um aumento de 295% ante o reportado um ano antes. De janeiro a março, a companhia faturou, bruto, R$ 424 milhões. Desde a separação da controladora, as ações subiram 5,12%.
Infraestrutura
Tarifa acelera números da EcoRodovias
Os reajustes nas tarifas de pedágio elevaram em 43% o lucro da concessionária EcoRodovias no trimestre encerrado em março, para R$ 98 milhões, apesar de o fluxo de veículos nas rodovias que administra, como o sistema Anchieta-Imigrantes, não ter crescido. A alta no ano, até a quinta-feira 11, é de 25,9%.
Touro x Urso
O otimismo entrou no radar dos investidores. Apesar da turbulência política, a convicção do mercado é que as reformas, em especial a da Previdência, vão avançar no Congresso. No lado econômico, a confirmação de índices de inflação em desaceleração sustenta a hipótese de um corte de 1,25 ponto percentual na Taxa Selic na próxima reunião do Copom, marcada para 31 de maio. Com isso, a Bolsa já sobe 12,1% no ano.
Destaque no pregão
Lucro do Iguatemi no topo das previsões
O lucro da administradora de shopping centers Iguatemi foi de R$ 50,6 milhões no primeiro trimestre, alta de 30,8% na comparação anual. “Se continuarmos assim, podemos terminar 2017 no topo de nossas previsões para o ano”, disse a vice-presidente de finanças, Cristina Betts, na quarta-feira 10. Com taxa de ocupação em 93% e inadimplência de 3,7%, as despesas se mantiveram praticamente estáveis, enquanto a receita subiu 4,3%, na comparação anual, para R$ 167,35 milhões. Entre janeiro e março, os lojistas de empreendimentos do grupo tiveram vendas de R$ 2,9 bilhões, crescimento de 5,2% sobre 2016. Parte disso deve-se ao posicionamento dos shoppings centers do grupo, focado nos públicos A e B. Já a concorrente Multiplan teve queda de 22,5% no lucro líquido, que caiu a R$ 54,27 milhões.
Palavra do analista:
Para o time da Citi Corretora, que recomenda a compra da ação, com preço alvo em R$ 40, o portfólio de alta qualidade do Iguatemi e suas sólidas métricas operacionais oferecem uma alta potencial 17,51%, superior à da concorrência.
Telefonia
Dados elevam ganho da Telefônica Brasil
O lucro líquido da Telefônica Brasil cresceu 13% no primeiro trimestre, na comparação anual, para R$ 996 milhões. A alta foi impulsionada por cortes de custos e maior demanda por serviços móveis. O número exclui a receita das vendas de torres de telefonia móvel, realizadas há um ano. “A tendência de crescimento deve se consolidar conforme a economia se recupere”, disse Eduardo Navarro, presidente-executivo, ao comentar os resultados na quarta-feira 10. No ano, as ações da Telefônica Brasil sobem 13,6%.
Mercado em números
SANEPAR
R$ 926 milhões – Foi a receita líquida da companhia de saneamento entre janeiro e março. O número é 15% superior na comparação anual. O lucro cresceu 10%, para R$ 160,05 milhões.
MARCOPOLO
R$ 554,6 milhões – Foi a receita líquida da fabricante de autopeças entre janeiro e março, alta de 29,5%. O número foi impulsionando pelo crescimento das exportações, que somaram 72% das vendas.
SER EDUCACIONAL
24,2% – Foi a alta na inadimplência de 91 dias do grupo no primeiro trimestre em comparação com o valor de dezembro de 2016. O calote de 180 dias cresceu 22,8%, na mesma comparação.
MINERVA
19,3% – Foi a redução nas exportações do frigorífico no primeiro trimestre, devido à Operação Carne Fraca. A receita bruta no Brasil somou R$ 2,3 bilhões no período.
GOL
6,9% – Foi o crescimento da demanda por passagens em abril em comparação com 2016. A companhia aérea lucrou R$ 232,7 milhões no primeiro trimestre, queda de 69,3% na comparação anual.
