O Brasil registrou, em julho, déficit de 3,404 bilhões de dólares em suas contas externas, interrompendo a sequência de quatro resultados positivos, informou o Banco Central (BC) nesta quarta-feira.

O número foi pior que o superávit de junho, de 1,330 milhão de dólares, mas acima do vermelho de 3,951 milhões registrados em julho do ano passado.

O déficit da conta corrente acumulado em doze meses é de 13,8 bilhões de dólares, o que equivale a 0,71% do PIB brasileiro.

Entre janeiro e junho, contudo, o déficit é de 2,696 bilhões de dólares, bem abaixo do saldo negativo de 12,438 bilhões do mesmo período do ano passado.

O BC manteve sua projeção para 2017 de déficit de 24 bilhões, 1,18% do PIB, nas contas externas.

Esse resultado é um dos principais indicadores da solvência de um país, e inclui a balança comercial, os serviços (entre eles, o turismo) e a transferência de dividendos empresariais e de remissas do exterior.

O saldo foi impulsionado pelo intercâmbio comercial, que em julho atingiu um superávit de 6,056 bilhões de dólares, seu melhor resultado para esse mês desde que começou a série histórica em 1998.

O Brasil recebeu 4,093 bilhões de dólares em Investimento Direto no País (IDP) em julho, levando o acumulado em 12 meses a 84,5 bilhões, equivalentes a 4,37% do PIB.

De janeiro a julho, os IED somaram 40,364 bilhões de dólares, 18,6% acima do registrado no mesmo período de 2016.

As reservas internacionais do Brasil totalizam, por sua vez, 381 bilhões de dólares.