O Bradesco anunciou lucro líquido recorrente de R$ 5,102 bilhões no primeiro trimestre deste ano, cifra 9,8% maior que a registrada no mesmo intervalo de 2017, de R$ 4,648 bilhões. Em relação aos três meses imediatamente anteriores, quando o montante chegou a R$ 4,862 bilhões, foi identificada expansão de 4,9%.

O lucro líquido recorrente do banco ficou em linha com as projeções de analistas do mercado financeiro. A média das estimativas de sete casas consultadas pelo Broadcast (BB Investimentos, Goldman Sachs, BTG Pactual, Credit Suisse, Safra, UBS e uma casa que preferiu manter o anonimato) apontava para um resultado de R$ 5,041 bilhões.

O Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, considera que o resultado veio em linha quando a variação para cima ou para baixo é de até 5%.

O desempenho do primeiro trimestre, conforme explica o banco em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, resultou da “boa performance” das receitas de prestação de serviços e ainda das despesas operacionais, que incluem gastos com pessoal e também administrativos.

“Além disso, ocorreram importantes reduções nas despesas com PDD (provisões – expandida), conforme é evidenciado pela melhora dos principais indicadores de qualidade da carteira”, acrescenta o Bradesco, no documento.

A carteira de crédito expandida do Bradesco fechou março com saldo de R$ 486,645 bilhões, redução de 1,3% em relação a dezembro, quando estava em R$ 492,931 bilhões. Na comparação com um ano, de R$ 502,714 bilhões, a queda foi ainda maior, de 3,2%.

A redução dos empréstimos ocorreu, principalmente, por conta do desempenho da pessoa jurídica. A carteira de crédito do banco voltada a empresas somou R$ 308,831 bilhões no primeiro trimestre, com redução de 2,7% ante os três meses anteriores e 6,7% ante idêntico intervalo do ano passado. Já o saldo da pessoa física alcançou R$ 177,814 bilhões, com aumentos de 1,3% e 3,5%, respectivamente.

O Bradesco fechou março com R$ 1,304 trilhão em ativos totais, cifra 0,7% maior em um ano, de R$ 1,294 trilhão. Em relação ao fim de dezembro, quando estava em R$ 1,298 trilhão, foi vista alta de 0,4%.

O patrimônio líquido do banco alcançou R$ 113,776 bilhões de janeiro a março, aumento de 8,8% em um ano, de R$ 104,558 bilhões. Em relação aos três meses imediatamente anteriores, de R$ 110,457 bilhões, a expansão foi de 3,0%. Já o retorno sobre o patrimônio líquido da instituição alcançou 18,6% em março ante 18,0% em dezembro e 18,3% um ano atrás.

Ajustes

Considerando eventos extraordinários, o lucro líquido contábil do Bradesco foi a R$ 4,467 bilhões no primeiro trimestre, aumento de 9,73% em relação aos R$ 4,071 bilhões registrados 12 meses antes. Em relação ao trimestre anterior, quando somou R$ 3,793 bilhões, a expansão chegou a 17,77%. A diferença entre o lucro contábil e o recorrente foi de R$ 635 milhões, explicada, principalmente, por R$ 607 milhões em amortização de Ágio (Bruto) devido à compra do HSBC.