Papéis avulsos

O Bradesco anunciou, na quinta-feira 27, um lucro líquido de R$ 4,7 bilhões no segundo trimestre, alta de 1,2% em relação ao primeiro trimestre, e de 13% ante o mesmo trimestre de 2016. No semestre, o lucro líquido ajustado foi de R$ 9,4 bilhões, crescimento de 13% em relação aos seis primeiros meses de 2016. Apesar da receita com juros “pró-forma” (que inclui os dados do HSBC) ter recuado 5,3%, a queda na inadimplência melhorou os resultados. No trimestre, o calote acima de 90 dias representou 4,94% dos empréstimos, ante 5,63% do trimestre anterior. “O pico da inadimplência está ficando para trás”, diz Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco. Segundo ele, os prognósticos são positivos. “O ciclo de afrouxamento monetário tem um impacto positivo na demanda por crédito, em especial para as empresas”, afirmou. Segundo Tito Labarta, analista de bancos do Deutsche Bank, a melhora da qualidade do crédito ocorreu “em todas as carteiras”.

 

Celulose

Dólar afeta resultados da Fibria

A alta no dólar aumentou os gastos da produtora de celulose Fibria com sua dívida, o que fez a empresa apresentar um prejuízo de R$ 262 milhões no segundo trimestre, revertendo o lucro de R$ 743 milhões no mesmo período de 2016. Mesmo assim, o desempenho da empresa presidida por Marcelo Castelli foi bom. De abril a junho, a receita líquida subiu 16% na comparação anual, para R$ 2,78 bilhões. Em teleconferência, Castelli disse que a Fibria está pronta para apresentar uma oferta pela concorrente Eldorado. No ano, as ações sobem 6%.

 

Destaque no pregão

O FGTS melhora as contas da Renner

O experiente José Galló, principal executivo da Lojas Renner, não perdeu tempo quando soube do pagamento das contas inativas do FGTS. Sabendo que boa parte do dinheiro seria usada pelos trabalhadores para regularizar dívidas vencidas, a varejista iniciou um ativo programa de cobrança assim que o dinheiro começou a chegar às mãos da população. O resultado foi um aumento de 10,7% nos lucros do segundo trimestre, que avançaram para R$ 196,3 milhões. No entanto, o ganho da divisão de produtos financeiros, que inclui os cartões da Renner, cresceu 45% para cerca de R$ 80 milhões. A receita líquida consolidada avançou 11,1% no trimestre, para R$ 1,83 bilhão. As vendas no conceito “mesmas lojas” (unidades abertas há mais de 12 meses) subiram 6,4%. No ano, as ações acumulam uma alta de 41,2%

Palavra do analista:
Segundo Marcel Moraes, analista do Deutsche Bank, a Renner é uma das poucas companhias de varejo capazes de obter bons resultados no cenário adverso para o varejo no Brasil, sendo uma das escassas alternativas para os investidores interessados no setor. “As ações estão valorizadas, e, por enquanto, essa alta é justificada”, escreveu ele.

 

Comércio

Via Varejo reduz prejuízos

Depois de amargar um prejuízo de R$ 350 milhões no segundo trimestre de 2016, a Via Varejo apresentou uma perda de R$ 45 milhões no mesmo período de 2017. A melhora do resultado deveu-se à expansão das vendas. No total, o faturamento atingiu R$ 6,1 bilhões no trimestre, alta de 13,4%, e as vendas on-line cresceram 22,5%. As despesas financeiras recuaram 29% para R$ 305 milhões. No ano, as ações da Via Varejo sobem 66,1%.

 

 

Mercado em números

VIVO
R$ 10,7 bilhões – Foi a receita operacional da operadora de telefonia móvel no segundo trimestre, um crescimento de 1,8% em relação ao mesmo período
de 2016

MERCADO
R$ 2,2 bilhões – Foi o total captado pelas empresas abertas por meio da emissão de debêntures incentivadas, títulos de renda fixa com prazos superiores a sete anos e que são isentas de imposto

B3
513.686 – Foi o total de veículos financiados no primeiro semestre, segundo a B3, que opera o Sistema Nacional de Gravames, oriundo de sua fusão com a Cetip

ENGIE BRASIL
49,4% – Foi o crescimento do lucro da geradora de energia, antes denominada Tractebel, no segundo trimestre. A empresa lucrou R$ 491 milhões em 2017, ante R$ 328 milhões em 2016