A Bovespa oscilou ao sabor de influências externas nesta terça-feira, 28, acompanhando o desempenho das commodities e das bolsas de Nova York. Depois de oscilar entre baixa de 0,41% e alta de 0,84%, o Índice Bovespa acabou por fechar aos 64.640,45 pontos, com ganho de 0,52%. Os negócios totalizaram R$ 8 bilhões.

A principal expectativa do dia acabou por não se confirmar: o discurso da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, não trouxe nenhuma menção à política monetária dos Estados Unidos e, portanto, não teve influência nos negócios. Por outro lado, o vice-presidente do Fed, Stanley Fischer, disse que a autoridade monetária deve elevar os juros mais duas vezes ainda este ano. A sinalização de gradualismo de Fischer se somou a acenos favoráveis à desregulamentação bancária feitas por dirigentes regionais do BC norte-americano e teve efeitos positivos nas bolsas de Nova York, que se refletiram aqui.

No cenário doméstico, a expectativa era com o anúncio das medidas para cobrir parte do rombo orçamentário de 2017, estimado em R$ 58,2 bilhões. O anúncio foi mais uma vez adiado e, segundo o Ministério da Fazenda, será feito amanhã, durante entrevista coletiva no fim da tarde.

As ações da Vale e da Petrobras voltaram a se destacar em alta, enquanto as do setor financeiro estiveram entre as quedas mais significativas. A alta dos preços do petróleo garantiu mais um dia de ganhos para os papéis da Petrobras. Já a estabilidade do minério de ferro no mercado à vista chinês não impediu o viés positivo para as ações da Vale, que continuaram a refletir a escolha de Fabio Schvartsman como novo presidente da mineradora. Ao final dos negócios, Petrobras ON e PN fecharam com ganhos de 1,73% e 1,31%, respectivamente. Vale ON e PNA avançaram 1,43% e 1,93%.

Com a alta de hoje, o Ibovespa reduziu as perdas acumuladas em março para 3,03%. No ano, o índice contabiliza ganho de 7,33%.