A Bovespa abriu pelo terceiro dia consecutivo em alta. Segundo um operador do mercado de ações, persiste nesta quinta-feira, 24, o bom humor de agentes do mercado sobre as perspectivas para atração de mais investimentos ao País com as privatizações.

Ainda que esteja somente no plano das intenções, o programa de venda de ativos da União favorece a alta do Ibovespa, sobretudo diante do otimismo de aprovação da Taxa de Longo Prazo (TLP) no plenário da Câmara. Os índices acionários no exterior estão em alta, o que contamina positivamente a Bolsa brasileira.

Deputados tentaram na manhã desta quinta abrir a sessão deliberativa extraordinária da Câmara para a votação da Medida Provisória (MP) 777, que cria a Taxa de Longo Prazo (TLP) para empréstimos do BNDES. Contudo, reclamaram de dificuldades no sistema de registro de presença da Casa. A expectativa era de que os trabalhos fossem iniciados por volta das 10h30, mas a sessão está atrasada.

Nos EUA, os juros dos Treasuries têm viés positivo e refletem a menor aversão a risco no período da manhã, como observado na relação entre o dólar e o iene (moeda considerada de segurança). O retorno da T-note de 2 anos oscila perto da estabilidade. Na agenda de indicadores, os pedidos de auxílio-desemprego subiram 2 mil na semana, para 234 mil, mas o número ficou abaixo da previsão de 235 mil e em patamar historicamente baixo.

Investidores aguardam pistas sobre a política monetária no simpósio de Jackson Hole do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que começa nesta quinta. Na sexta, a presidente do Fed, Janet Yellen, e o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, realizam discursos.

Às 10h23, o Ibovespa sobe 0,25% aos 70.652 pontos. A alta é gerada por todas blue chips, inclusive a Petrobras, que ignora a queda do petróleo. Em Londres, o barril do Brent para outubro recuava 0,61%.