As bolsas de Nova York fecharam sem direção única nesta quarta-feira, 22, influenciadas por ações de companhias ligadas aos setores financeiro e de tecnologia. A votação do projeto que prevê a substituição e a revogação do Obamacare, que deve ocorrer amanhã na Câmara, continuou no radar dos investidores, já que será o primeiro teste do governo de Donald Trump no Congresso.

O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,03%, aos 20.661,37 pontos; o S&P 500 avançou 0,19%, para 2.348,45 pontos; e o Nasdaq teve alta de 0,48%, aos 5.821,64 pontos.

Ações de empresas ligadas ao setor de tecnologia avançaram nesta quarta-feira, e levaram o Nasdaq e o S&P 500 a reverterem parte das perdas registradas na sessão de ontem, quando os mercados acionários registraram forte queda após dúvidas dos investidores quanto à aprovação do projeto que revoga o Obamacare. Segundo alguns investidores, a capacidade do governo de Donald Trump em promulgar as suas propostas no Congresso será testada nessa votação.

As expectativas de estímulos econômicos do governo ajudaram os índices acionários americanos a registrarem recordes no início deste ano, após a posse de Trump. No entanto, pesa sobre as bolsas a incerteza quanto ao cumprimento das promessas de campanha do republicano voltadas ao setor financeiro.

“As pessoas estão começando a perceber as complicações envolvidas na implementação da agenda do presidente”, disse David Kelly, estrategista-chefe global do JPMorgan Asset Management. Entre as empresas de tecnologia que registraram ganhos nesta quarta-feira, o Facebook subiu 0,78%; a Apple avançou 1,13%; a Microsoft ganhou 1,28% e a Snap se expandiu em 7,07%.

Por outro lado, papéis de companhias relacionadas ao setor financeiro aumentaram as perdas já registradas na sessão anterior. O Bank of America cedeu 0,35%; o Citigroup caiu 0,47%; o Goldman Sachs perdeu 0,83% e o Morgan Stanley baixou 1,05%.

“O governo escolheu começar com os cuidados da saúde e, se não puder aprovar a legislação, será visto como uma ferida”, disse Vincent Reinhart, economista-chefe da Standish Mellon Asst Management. Fonte: Dow Jones Newswires