As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta quinta-feira, 21, com os setores de tecnologia e consumo levando os índices para baixo. Mesmo o avanço de papéis de bancos foi insuficiente para reverter o quadro.

O índice Dow Jones fechou em queda de 0,24%, em 22.359,23 pontos, o Nasdaq recuou 0,52%, a 6.422,69 pontos, e o S&P 500 teve baixa de 0,30%, a 2.500,60 pontos.

Alguns investidores e analistas atribuíram a perda de fôlego no mercado acionário a incertezas após o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sugerir na quarta-feira que segue aberta a possibilidade de uma elevação de juros em dezembro. Alguns dados de inflação mais fracos deixaram parte dos investidores cética sobre a chance de uma nova alta em 2017, mas o fato de que o banco central voltou a sinalizar que isso pode acontecer pegou alguns desprevenidos, segundo gerentes de portfólio.

“O mercado avalia em que medida é necessário incorporar a atividade futura do Fed em seu cenário”, afirmou Mike Allison, gerente de portfólio da Eaton Vance. “Há certa incerteza em relação ao impacto, já que as taxas de juros têm estado tão baixas há tanto tempo.”

O Dow Jones recuou após nove sessões consecutivas de ganhos. No S&P 500, papéis do setor de consumo estiveram entre as maiores baixas. A fabricante de produtos de beleza Coty recuou 3,9%, enquanto Procter & Gamble caiu 1,9%.

Ações do setor de tecnologia, que estão entre os destaques do S&P 500 em 2017, também ficaram pressionadas. O papel da Apple caiu 1,7%, após a companhia admitir na quarta-feira problemas com conectividade em seu mais recente modelo de relógio. Companhias de semicondutores também recuaram, como Nivida (-2,7%) e Advanced Micro Devices (-2,4%).

Mesmo com a queda desta quinta-feira, as ações seguem próximas das máximas recordes. Alguns investidores dizem que devem observar qualquer novidade política em Washington que possa dar qualquer direção ao mercado. Diretor de investimento em ações da Eaton Vance, Eddie Perkin afirmou que estará atento à possibilidade de cortes em impostos ou de reforma tributária. Perkin relatou que se prepara para deixar ações de tecnologia e saúde e privilegiar as de bancos e companhias atualmente mais afetadas pelos tributos. Fonte: Dow Jones Newswires