As principais bolsas europeias operam com ganhos nesta manhã, lideradas por ações de bancos. O Deutsche Bank é o destaque, após o banco alemão divulgar resultados preliminares para o segundo trimestre que superaram as expectativas dos analistas. Com isso, os indicadores econômicos da China de mais cedo e outros fatores ficam em geral num plano secundário, no continente.

O índice pan-europeu Stoxx 600 operava em alta de 0,16%, a 385,66 pontos, por volta das 6h35 (de Brasília).

A ação do Deutsche Bank avançava 8,05% em Frankfurt, após o banco informar hoje que seu lucro e sua receita no segundo trimestre devem superar as previsões. O banco disse esperar lucro líquido de cerca de 400 milhões de euros (US$ 663,4 milhões), quando analistas apontavam para 159 milhões de euros, com uma receita de 6,6 bilhões de euros, ante expectativa de 6,4 bilhões de euros. As projeções não estavam previstas para hoje, já que o balanço de fato do banco sairá apenas no dia 25 deste mês. A notícia, de qualquer modo, ajudou papéis de bancos no continente.

Entre outros bancos da região, Barclays subia 1,66% em Londres, BNP Paribas avançava 0,99% em Paris, Santander ganhava 0,94% em Madri e Monte dei Paschi, 1,53% em Milão.

Na agenda de indicadores, o superávit comercial da zona do euro recuou de 18,0 bilhões em abril a 16,9 bilhões em maio, na série com ajustes sazonais. O dado sinaliza que a retomada econômica na região é modesta, após um início de 2018 fraco. Além disso, há o temor de que as disputas comerciais com os Estados Unidos prejudiquem as economias europeias.

Os dados de mais cedo da China também são analisados pelos investidores, embora não influam muito nas praças europeias. O Produto Interno Bruto (PIB) chinês desacelerou de +6,8% no primeiro trimestre para avanço de 6,7% no segundo, na comparação anual. O dado, porém, veio em linha com o esperado pelos analistas. Além disso, Pequim anunciou que entrou na Organização Mundial de Comércio (OMC) para reclamar da ameaça dos EUA de impor tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses. A cautela com o comércio global persiste, mas não predomina nos negócios nesta manhã na Europa.

Em Londres, o movimento da bolsa é negativo. O recuo no petróleo e no cobre pressiona ações do setor de commodities, enquanto a libra em alta faz o mesmo com papéis de exportadoras britânicas. Além disso, analistas citam a cautela sobre o processo de separação do Reino Unido da União Europeia, o chamado Brexit, e também com a possibilidade de que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) eleve juros em breve, talvez já no próximo mês.

Às 6h54 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,41%, Frankfurt avançava 0,17% e Paris caía 0,03. Milão subia 0,67%, Madri ganhava 0,20% e Lisboa tinha alta de 0,48%. No mercado cambial, o euro avançava a US$ 1,1705 e a libra se valorizava a US$ 1,3266.