Um ataque extremista a um resort frequentado por estrangeiros perto de Bamako, capital do Mali, deixou dois mortos neste domingo, mas cerca de trinta reféns foram libertados.

O número de agresores não foi informado, mas pelo menos quatro deles morreram, afirmou o ministro de Segurança do Mali, Salif Traoré.

Os agressores atacaram um resort em Kangaba, uma área de lazer situada na periferia de Bamako e muito visitado por estrangeiros. O atentado lembra outros cometidos pelos grupos radicais do Sahel nos últimos anos, como o da estação balneária da Costa do Marfim de Grand-Bassam (março de 2016, 19 mortos, incluindo oito estrangeiros).

“É um ataque jihadista. As forças especiais malienses intervieram” contra os agressores, declarou Traoré.

Depois de horas de perseguição, “nós recuperamos os corpos de dois agressores que foram mortos”, disse Salif Traore a jornalistas, acrescentando que estavam “procurando os corpos de outros dois corpos”, e sem informar se outros agressores teriam fugido.

“Eliminamos cinco terroristas”, afirmou depois à AFP, sem indicar as nacionalidades dos envolvidos.

“Conseguimos resgatar cerca de 36 clientes e trabalhadores do resort”, acrescentou, entre eles cerca de quinze franceses e malienses.

Uma hóspede franco-gabonesa morreu no hospital e outra vítima fatal está sendo identificada, segundo o ministério.

As forças especiais malienses contaram com o apoio dos militares da operação francesa antijihadista Barkhane e da missão da ONU (Minusma).

Os atacantes gritaram “Allah akbar!” (Allah é grande!), contaram as várias pessoas resgatadas.

A Forsat (Força especial antiterrorista), criada em 2016, “foi deslocada para o local”, informou a televisão pública ORTM, acrescentado que o evento “pode se tratar de um ataque terrorista”.

Uma testemunha explicou a jornalusta que viu um homem chegar em uma moto e depois disparar contra a multidão. Havia também “duas ou três pessoas” em outro vehículo.

Os moradores locais relataram à AFP que ouviram disparos provenientes do local atacado, de onde vinha uma fumaça, constatou um jornalista da AFP, enquanto as forças de segurança chegavam ao lugar.