Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão desta quinta-feira, 10, em forte queda, pressionado por dados mistos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), pelo fortalecimento do dólar ante algumas moedas de países produtores de commodities e por movimentos técnicos.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI para setembro encerrou em queda de e US$ 0,97 (-1,96%), a US$ 48,59, menor valor de fechamento desde 25 de julho. Na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres, o Brent para outubro recuou US$ 0,80 (-1,52%), a US$ 51,90.

No período da manhã, a Opep informou que a produção de petróleo bruto dos países-membros avançou 0,50% em julho ante junho, numa nova sinalização de que os esforços do cartel para reduzir o excesso de oferta global estão ficando aquém do esperado. Apesar de ter sido menor que o anterior, o acréscimo foi impulsionado pelo aumento da produção da Arábia Saudita, Nigéria e Líbia.

O sinal misto dos números da Opep fez com que o petróleo subisse durante a manhã. À tarde, porém, os operadores dispararam ordens de venda após o barril da commodity atingir o nível de US$ 50,00 em Nova York.

Pesou ainda o fato de o dólar ter se valorizado contra algumas moedas de nações produtoras de commodities, como o dólar canadense e o peso mexicano, movimento que teve amparo na busca por maior segurança diante do aumento das tensões entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte.