O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, se mostrou entusiasmado com a possível capitalização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), cujo primeiro passo foi dado nesta sexta-feira, 15, com a sanção da lei que trata da reorganização societária da companhia.

Aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado na semana passada, o projeto de lei propõe a criação de uma holding que exercerá o controle acionário da Sabesp, mantendo o governo do Estado com a maioria do capital.

Embora a capitalização ainda venha sendo tratada como uma possibilidade pela própria Sabesp, o governo confia que haverá grande interesse dos investidores pelo projeto. Em conversa com jornalistas após a assinatura da lei no Palácio dos Bandeirantes, Alckmin destacou os resultados “extraordinários” da companhia, a listagem na Bolsa de Nova York, e o fato de a Sabesp ter sido a primeira empresa pública a entrar no Novo Mercado.

Durante a cerimônia, Alckmin voltou a afirmar que parte significativa dos recursos irá para saneamento básico e que a Sabesp poderá começar a atuar em áreas que têm sinergia, como o tratamento dos resíduos sólidos.

Também presente no evento, o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, comemorou a lei, que permitirá acelerar o programa de universalização dos serviços de saneamento. “Todos os anos eu entrego planos e o orçamento à Sabesp, e sempre sobram projetos e falta dinheiro”, disse Kelman, embora tenha reforçado que a Sabesp é a companhia de saneamento que mais investe no País e que manterá o ritmo dos aportes nos próximos anos mesmo que a capitalização não ocorra.

A cerimônia contou ainda com a presença secretários do Estado, consultores, membros da Assembleia Legislativa de São Paulo e representantes do International Finance Corporation (IFC), braço do Banco Mundial que tem ajudado na modelagem da capitalização da Sabesp.