Os acionistas do grupo japonês Nissan aprovaram nesta terça-feira o salário do presidente do grupo, o brasileiro Carlos Ghosn, para 2016-17, duas semanas depois de uma votação muito mais apertada na Renault sobre a mesma questão.

A montadora francesa Renault e a Nissan formam uma aliança automobilística e Ghosn dirige as duas empresas.

Entre abril de 2016 e março de 2017, o executivo de 63 anos recebeu quase 1,1 bilhão de ienes (quase 8,8 milhões de euros), contra 1,07 bilhão no ano anterior.

“Nossa política em termos de remuneração quer recompensar os resultados e atrair e conservar os melhores talentos da indústria automobilística mundial”, disse Ghosn na assembleia geral do grupo, celebrada em Yohohama.

Ele negou receber um salário excessivo e citou pagamentos mais elevados de alguns de seus concorrentes em outros países.

No Japão, a votação sobre a remuneração de Ghosn foi consideravelmente menos tensa que a registrada há duas semanas em Paris, onde os acionistas da Renault aprovaram por margem mínima um salário de sete milhões de euros em 2016, apesar do voto contrário do Estado francês, que também é acionista.